Ações de hackers para testar urnas eletrônicas começam nesta terça, no TSE

Os Testes públicos de segurança das urnas eletrônicas, com
vistas ao pleito municipal de outubro, serão realizados no Tribunal Superior
Eleitoral a partir desta terça-feira, até as 18 horas de quinta-feira, com a
participação de 24 especialistas em informática, divididos em nove grupos, que
atuarão como se fossem hackers.O objetivo desses testes, de acordo com a Assessoria de
Comunicação do TSE, é conferir ainda mais transparência ao processo eleitoral,
e demonstrar suas confiabilidade e segurança. Até quinta-feira, os participantes terão a oportunidade de tentar realizar “ataques” à urna
eletrônica e seus componentes internos e externos, visando explorar eventuais
falhas do sistema relacionadas à violação da integridade e do sigilo do voto.
Nesses testes, serão respeitados os procedimentos previstos
nas normas aplicáveis, considerando-se os seguintes elementos e componentes da
urna eletrônica: processo de carga da urna; hardware; lacre físico;
dispositivos de logística que protegem a urna; mídias eletrônicas; conteúdo das
mídias de dados; e software de votação utilizado na seção eleitoral.
O evento será acompanhado pelas comissões Avaliadora e
Disciplinadora e também por observadores das áreas de Tecnologia da Informação
e Segurança da Informação. Todo o ambiente de testes será monitorado por
câmeras, e o acesso à internet nos três dias de teste será supervisionado pela
Comissão Disciplinadora.
Os resultados e as conclusões dos testes serão apresentados
em audiência pública no dia 29 de março, às 10h, também na sede do TSE, pelo
presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski. Os investigadores que
efetivamente tiverem participado do evento receberão certificados de
participação, mas não haverá premiação em dinheiro. As sugestões de melhorias
encontradas poderão ser implementadas futuramente no sistema.
Os
testes promovidos pelo TSE — similares aos realizados em 2009 — contam
com o apoio do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI),
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e da Universidade
de Brasília (UnB).